Pais burlam a Lei

Segundo o artigo 227 da constituição brasileira, “é dever da família [...] colocá-los a salvo de negligência.” Mas o fato da criança ter um lar, brinquedos, todo tipo de material que se possa utilizar, garante uma mínima formação crítica necessária para sobreviver à pressão social ou apenas burla a lei sem dar suspeitas?
Dentro de cada casa onde há um indivíduo em formação decadente, pode-se afirmar que seus progenitores estão pouco preocupados com o que se passa com ele, desde que esteja na escola. No entanto, a educação moral e ética não deve ser deixada de lado pelos pais como uma obrigação da instituição escolar; eles devem persistir em seus filhos na questão crítica para não virarem escravos do sistema capitalista e sua sociedade egoísta e monetária.
A falta de um responsável na vida de um jovem transforma-o em mais uma vítima da falta de informação, sofrendo desde uma gravidez ou paternidade precoce até uma forte opressão por parte do grupo social onde vive. Um indivíduo sem princípios e valores éticos não saberá se seus atos estão de acordo, e se não estiverem, a punição aplicada, na maioria das vezes, é a cadeia. Contudo, a culpa não é daquele que realiza a ação culposa e sim, de seus formadores fantasmas, os quais não fizeram o papel que contribui para uma sociedade mais crítica.
De nada adianta a criança ter comida na mesa e ser mimada com bonecas Barbie se seus pais negligenciam os valores morais a ela. A sociedade cobra dos jovens uma postura, mas não se vê responsável por formá-la.

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