A Vida Na Gruta


A sociedade moderna não pensa. Obedece. O mercado diz, subliminarmente, o que se deve fazer e os escravos logo cumprem, pois, se não o fazem, as consequências poderão ser grandes. A vida em conjunto é regida pelo “todos têm de ter” o acessório da moda. Caso não siga o lema, mesmo não tendo condições, é excluído desse grupo.

Surge, então, uma nova ética, a preconceituosa, a pinça que segura os diamantes mais bonitos, aqueles que lhe interessa. Cada época os valores ficam mais rigorosos e, como um furacão que devasta uma região, a bactéria ideológica do consumismo penetra nas pessoas.

Essa bactéria provoca uma grave doença: “a felicidade que nunca chega”. A sociedade se vende cada vez mais para comprar coisas que tragam a felicidade, mas que na verdade, só a fazem diminuir, fazendo com que as ovelhas procurem pastos maiores e mais verdes para saciar a fome.

São poucas as pessoas que conseguem ver a felicidade além do material, além do mundo sensível. Vivemos numa imensa “Caverna de Platão”, totalmente aconchegante. Mas o preço para se ter todo o conforto que temos, é não ter tempo para usufruí-lo.

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