Fim dos Tempos

Na igreja, o padre anunciava “Pode matar a noiva!”. Com uma faca de cabo decorado, o homem a enfiava no meio do peito da mulher. Os convidados levantavam e cada um fazia um corte na defunta. A alguns metros dali, outro homem perguntava a uma mulher quanto cobrava pelo serviço. Ela entra no carro e após tê-lo concluído, o cliente a mata com tiro em sua nuca.

O menino corria além do permitido pelo seu corpo, a fim de fugir do pai que queria violentá-lo. A mãe entrava em um cativeiro onde mantinha a filha, a qual usava para ganhar dinheiro fácil. No lixão, havia dois tipos de entulho: os normais e os bafômetros. Carro de polícia servia para prender quem não compartilhasse a loucura do fim dos tempos. A moda era pecar.

Não contente com as vendas, o fabricante de brinquedos faz outra promoção. A criança que comprar uma arma ganha as balas e uma faca de graça. Os pais concorrem a vales--suicídio. Tudo por um preço em dinheiro pequeno. Mas por um valor muito alto.

O tribunal não era mais da justiça. Nem da injustiça. Virou o da bebedeira. Trabalhar neste local significava discutir qual bebida alcoólica era melhor. E a bíblia virou lenha para fogueira.

24/03/2009

0 comentários: